domingo, agosto 19, 2007

Notícia de última hora

Foi encontrada uma fralda descartável a menos de 150 metros da casa onde pernoitou a piquena madeleine.

Esta nova e importante prova foi de imediato enviada à Scotland Yard, que sem mais delongas fez chegar o seu conteúdo à BBC, cujos responsáveis terão rejubilado, ao que se pode depreender das palavras do seu porta-voz oficial: “de merda percebemos nós”.

Entretanto, o africander berardo já lançou uma opa sobre esta e todas as provas que a Judiciária venha a descartar, com vista à criação do futuro Museu Descartável Berardo.

Como seria expectável, luís filipe menezes aproveitou o ensejo para pedir a demissão de marques mendes.

terça-feira, agosto 14, 2007

Dizem café move montanhas.

Dez horas. Outeiro. Cota 40. O céu ameaça chuva. Poderia ter sido ontem, pode ficar para amanhã. No que a mim se refere, claro está, porque o meu companheiro de caminhada escapuliu-se a outras obrigações, pelo que ou é agora ou não é. Seja.

Mal saímos o portão entramos na mata em direcção à Ribeira da Silvareira e passados cinco minutos iniciamos uma caminhada ascendente, ao longo da margem direita, por entre pinheiros, carvalhos, freixos, alguns eucaliptos e mato baixo.

Trouxe os binóculos. Vá lá saber-se porquê. O céu está cada vez mais ameaçador.

Aos poucos, o caminho vai-se transformando em trilho estreito cada vez mais invadido por vegetação, até que desaparece por completo qualquer vestígio de alguém ou algo alguma vez por aqui ter passado antes de nós. Sabemos também que a poucas centenas de metros tudo isto é agressivamente rasgado pela auto-estrada, pelo que atalhamos em corta mato à procura da passagem aérea.

Uma hora de caminho. Atravessamos a ponte do Trogal e caem as primeiras pingas.

Estamos no sopé. O GPS ficou no Porto, e como o nevoeiro acaba de deixar bem claro que, no caso de insistirmos na ascensão, a sua companhia estará garantida, restam-nos os desenhos do Alferes Graça, datados dos finais da década de quarenta.

As pingas intensificam-se. Apenas conseguimos ver algumas dezenas de metros, e isto quando se olha em frente, porque olhando para cima, então não se vê mesmo nada.

Seguimos ao longo de uma estreita levada de água.

A chuva desaparece, mas só porque caminhamos agora verdadeiramente no interior da nuvem. Seguimos por um caminho florestal bem definido subindo a encosta por um trajecto em zig-zag bastante íngreme. O caminho inflecte agora para a esquerda, seguindo ao longo das curvas de nível e afastando-nos seguramente do nosso objectivo.

Parece haver um trilho mal definido que segue em frente, pelo flanco mais íngreme. Após os primeiros metros ficamos com a certeza de que este caminho não é percorrido há já muito tempo. Caminho? Qual caminho? Aproveito para realçar o papel fundamental do bordão que comigo trouxe (que já me tinha sido muito útil nas partes íngremes da caminhada), e que me permitiu persistir e romper por entre tão denso matagal.

Após mais de duas horas de caminhada e várias hesitações quanto ao rumo a tomar, surge-nos repentinamente o contorno duma edificação do muro envolvente ao orago – mal definido através da neblina – e só nessa altura ficamos a saber que tínhamos seguido o rumo correcto.


quinta-feira, agosto 09, 2007

Em tempo de tomateira não há fraca cozinheira

Ora então hoje foi assim: tomate, cebola, alho, sal, salsa e azeite para dentro do tacho. Enquanto se esperava que refogasse abriu-se uma de adamado bem gelada. Depois de refogado, varinha mágica naquilo tudo. Depositou-se cuidadosamente as sardinhas previamente arranjadas e sem sal, e foi só esperar mais 10 minutos. Entretanto, ali pelo meio, algures durante o processo, cozeu-se umas batatinhas para acompanhar.

Um nespresso e uns cálicezinhos de anis mais tarde, e ala para as lagoas de Bertiandos, que isto de passar uma semana inteira a jibóiar debaixo da tangerineira já me está a fazer crescer a pança.

Nova informação de trânsito ... intestinal

“Berardo diz que há fraude de colarinho branco”

Entretanto, a Nestlé retirou os suissinhos de circulação (retirem daí as vossas conclusões).

terça-feira, agosto 07, 2007