Quando passei pelos escuteiros, um dia, num acampamento, mandaram-nos embrenhar na natureza e trazer ou fazer algo - um desenho, uma folha, uma pedra, um poema, ... - que reflectisse blá, blá, blá.
Espalhá-mo-nos, e a primeira coisa que eu fiz foi procurar uma moita porque estava aflito para enviar uma encomenda postal ao sá carneiro (primeiro ministro de então). Cumprido o desígnio pensei na melhor forma de libertar a minha inconsequente irreverência e resolvi anotar o tempo que demorava a chegar a primeira vareja, a segunda e por aí fora.
Feito o relatório regressei, esperançado numa forte reprimenda, mas sou premiado com a melhor pontuação de entre todos os miúdos que recolheram folhas, pedras, fizeram desenhos, poemas, prosas, enfim, ganhei aquela prova.
Moral da história: todo o burro come palha, é preciso é saber dar-lha.