sábado, dezembro 31, 2005

E vão 300












quilómetros nas pernas, somados em 27 provas.

O que é que me faz estar aqui ao frio e em calções às 10 da noite?

Se sentes necessidade de fazer a pergunta é porque não vais perceber a resposta.

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Quero lá saber


do campeonato e da taça.

O meu único desejo para 2006 é
que o Sá Pinto marque um golo
antes de se reformar.


ps(r). pá, que não seja na própria baliza.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Comidos de cebolada

ou
Da acção perniciosa dos lobies da comunicação social sobre portugueses de segunda.

Enquanto a auto-proclamada “referência” se entretinha – na sua mais competente veia pimba – a contar a história de um político que tinha proibido a morte dita natural, o caso de um barquito entretido a coçar a comichão do casco em meia-dúzia de penedos, era catalogada como pouco interessante.

De repente já era tarde demais para começar a falar do assunto. E, assim sendo, encerra-se um caso que nunca foi descerrado e não se fala mais nisso.

Ele não havia para aí uns submarinos manhosos outrora encomendados por uma célebre bailarina em breve tournée pelo Alfeite?

Certamente que abramovich não desdenharia uma boa oferta de compra (para efectuar mais discreta e calmamente o transporte dos seus produtos) e com isso poder-se-ia apetrechar a costa com meios de combate a desastres ecológicos.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

No debate de ontem,

do que eu mais gostei foi do primeiro golo do Liedson.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Redacção: “A vaca e as negociações salariais”

A vaca é um animal doméstico. Eu gosto muito de vacas. O macho da vaca é o boi. Na quinta dos meus avós há vacas e bois, e outros animais domésticos. A vaca dá-nos o leite para bebermos, para fazer o queijo, a manteiga e os iogurtes.

Quando as vacas são magras, pertencem a toda a gente e por isso os interesses do lavrador e dos jornaleiros são, no fundo, os mesmos.

Quando as vacas são gordas, os jornaleiros que se fodam.

domingo, dezembro 18, 2005

Opiniões. Nada mais do que isso.

De acordo com ribeiro e castro: “terrorismo é filho da esquerda

De acordo comigo: “ribeiro e castro é filho da puta”.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

– A diferença está na fruta.

– Não! é na pasta, na pasta.

Louçã disse que apesar de o candidato bolo-rei estar muito preocupado com o desemprego, não havia na lista de apoiantes do mesmo um único desempregado. Caíram-lhe logo em cima, dizendo que na dele também não havia.

Pois, acontece que na do Louçã existem muitos potenciais desempregados e na lista do candidato pé-de-gesso existem muuuiiiitos efectivos desempregadores.

sábado, dezembro 10, 2005

Ah, finalmente o apoio dos intelectuais

Clara Ferreira Alves, numa crónica na TSF, defendia, de forma sub-reptícia, o homem bolo-rei como presidente ideal para Portugal.

Espremido o seu pretensamente rebuscado raciocínio, sobrava como argumentação o facto de ele já não ser uma pessoa irascível, e de ter até aprendido a sorrir.

Para passar de bacoca a ridícula só faltaria acrescentar a esta argumentação o facto de ele ter, entretanto, aprendido a mastigar de boca fechada e ter oferecido à cruz vermelha portuguesa uma gaveta inteirinha de peúgas brancas em muito bom estado de conservação.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Todos os trabalhadores são iguais, mas os profs, esses calões, são menos iguais que os outros.

A maioria do partido auto-denominado socialista chumbou, na Assembleia da República, um projecto de lei para atribuição de subsídio de desemprego aos docentes das instituições públicas de ensino superior.

Importa talvez lembrar que a qualquer trabalhador basta-lhe 6 meses de labuta para poder auferir de subsídio de desemprego, enquanto que um docente do ensino superior pode trabalhar e descontar durante 40 anos que, se não estiver no quadro, não tem direito a népia.

Ah, é verdade, o ps foi acompanhado na votação pelos outros dois partidos da sua área de intervenção política, a saber: pêéssedê e pêpê.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Matemática Jornalística

As mais recentes sondagens referentes às presidenciais dão cerca de 55% das intenções de voto para o candidato bolo-rei e cerca de 15% para Manuel Alegre.

Ontem, uma “sondagem relâmpago” realizada telefonicamente pela Eurosondagem, após o debate entre o candidato bolo-rei e Manuel Alegre, “concluiu que para 27,3% dos inquiridos, Cavaco Silva ganhou o debate presidencial, contra os 15,7% que acham que Manuel Alegre levou a melhor sobre o ex-primeiro-ministro social-democrata

Eu, que não devo ser deste mundo, penso que a probabilidade de um apoiante do candidato bolo-rei atender o telefone durante a sondagem era, à partida de 55%, enquanto que a probabilidade de ser um apoiante de Manuel Alegre a atendê-lo seria de 15%. Todavia, quer o Expresso on-line, quer a TSF, concluem que o candidato bolo-rei ganhou o debate.

Ainda bem que assim é!

domingo, dezembro 04, 2005

Mediocridade Jornalística

Naquele folheto que ao sábado acompanha o JN, e que utiliza abusivamente o nome de uma publicação há muito fenecida, alguém resolveu gozar com o Paulo Bento, por ele ter afirmado “Para mim, o todo é mais importante do que soma das partes”. PB, que comete o duplo pecado de ter sido jogador e de ser actualmente treinador de futebol, apresenta-se, sob o ponto de vista do “opinador”, como um fácil alvo a abater.

À confrangedora falta de bagagem científica e cultural da maioria dos fazedores de notícias, junta-se agora o dramático facto de se terem transformado em “opinadores profissionais”.

Em se tratando de um folheto de periodicidade semanal, seria de esperar uma cuidada e atempada revisão. É, pois, legítimo que concluamos que na GR nunca se ouviu falar na Metodologia Sistémica.

Um espanhol que é Rabo,

convencido de que elas não são grande apreciadoras do acto, resolve dizê-lo com todas as letras.

O Pinto, perseguidor de polémicas, resolve dar-lhe honras de destaque.

A populaça, seja lá isso o que for, esperneia.

A polícia coloca-se ao lado da populaça.

Entretanto, a mesma populaça, compra e esgota.

Aparece o Ministério Público a restabelecer a ordem, afirmando que o palavrão não é privilégio dos famosos.

No final ficamos a saber a parte triste de tudo isto: afinal “o Polvo” já não “é quem mais ordenha”.

JN, 3 Dez

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Histeria colectiva

O despertador toca cedo. Muito cedo. Demasiadamente cedo. Abro, a custo, os olhos e mantenho-os semi-cerrados. Na realidade, e como é habitual, abro apenas o esquerdo; porque, também como é costume, acordo virado para a janela.

Apercebo-me que a persiana não ficou completamente fechada. Verifico isso porque há uma fina lâmina de sol que persiste em penetrar por entre duas réguas.

Sol? Aí está o incentivo que me faltava. Arrasto-me até à sala – que dorme sempre de persianas abertas – e confirmo a sua presença. Não há nada como uma fria mas solarenga manhã de Outono. Afasto as cortinas enquanto simultaneamente fecho os olhos e abro os braços. Assim permaneço, a usufruir deste privilégio matinal, durante aqueles dois ou três minutos que se transformam em eternidade.

Abro contrariada e lentamente os olhos. Grande algazarra ali adiante. Não, não são apenas a habituais e odiosas gaivotas. Há silhuetas, voos e bateres de asas bastante diferenciados. Garças já por aqui andam há umas semanas, e aqueles voos paralelos ao espelho de água são típicos dos patos – mais raros mas também usuais nesta época. Há, no entanto, ali algo que eu nunca vi por estas bandas: permanecem calmamente à superfície, aparentemente em inocente repouso até que, repentinamente, mergulham e desaparecem durante largos segundos. Já vi patos fazerem isto. Mas não permanecem tanto tempo submersos nem tem o pescoço tão comprido.

Corro à casa de banho e mergulho a cara em água fresca. Regresso à janela já munido de binóculos. Gansos! São gansos! Nunca os tinha visto por aqui.

Lá estão as garças no seu voo simultaneamente desengonçado e majestoso, sobrevoando tudo e todos, com a calma de quem todo um dia tem pela frente. Os patos, que ora voam, ora aterram planando na superfície de água mergulhando durante muito breves instantes. E ainda as gaivotas: aquelas ratazanas voadoras, como muito bem Sepúlveda lhes chamou um dia, com um voo pouco gracioso e uma postura parasita.

A grande novidade é a presença dos gansos. Que sorte! Que privilégio! Ao fim de alguns minutos vejo emergir um deles com um peixe na boca.

A vida pode, afinal, ser bela. Muito bela. No meio deste raro despertar assalta-me repentinamente o h5enenãoseidasquantas. Será que houve alteração das rotas migratórias? Merda! Odeio fazedores de notícias!