sábado, dezembro 31, 2005

E vão 300












quilómetros nas pernas, somados em 27 provas.

O que é que me faz estar aqui ao frio e em calções às 10 da noite?

Se sentes necessidade de fazer a pergunta é porque não vais perceber a resposta.

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Quero lá saber


do campeonato e da taça.

O meu único desejo para 2006 é
que o Sá Pinto marque um golo
antes de se reformar.


ps(r). pá, que não seja na própria baliza.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Comidos de cebolada

ou
Da acção perniciosa dos lobies da comunicação social sobre portugueses de segunda.

Enquanto a auto-proclamada “referência” se entretinha – na sua mais competente veia pimba – a contar a história de um político que tinha proibido a morte dita natural, o caso de um barquito entretido a coçar a comichão do casco em meia-dúzia de penedos, era catalogada como pouco interessante.

De repente já era tarde demais para começar a falar do assunto. E, assim sendo, encerra-se um caso que nunca foi descerrado e não se fala mais nisso.

Ele não havia para aí uns submarinos manhosos outrora encomendados por uma célebre bailarina em breve tournée pelo Alfeite?

Certamente que abramovich não desdenharia uma boa oferta de compra (para efectuar mais discreta e calmamente o transporte dos seus produtos) e com isso poder-se-ia apetrechar a costa com meios de combate a desastres ecológicos.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

No debate de ontem,

do que eu mais gostei foi do primeiro golo do Liedson.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Redacção: “A vaca e as negociações salariais”

A vaca é um animal doméstico. Eu gosto muito de vacas. O macho da vaca é o boi. Na quinta dos meus avós há vacas e bois, e outros animais domésticos. A vaca dá-nos o leite para bebermos, para fazer o queijo, a manteiga e os iogurtes.

Quando as vacas são magras, pertencem a toda a gente e por isso os interesses do lavrador e dos jornaleiros são, no fundo, os mesmos.

Quando as vacas são gordas, os jornaleiros que se fodam.

domingo, dezembro 18, 2005

Opiniões. Nada mais do que isso.

De acordo com ribeiro e castro: “terrorismo é filho da esquerda

De acordo comigo: “ribeiro e castro é filho da puta”.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

– A diferença está na fruta.

– Não! é na pasta, na pasta.

Louçã disse que apesar de o candidato bolo-rei estar muito preocupado com o desemprego, não havia na lista de apoiantes do mesmo um único desempregado. Caíram-lhe logo em cima, dizendo que na dele também não havia.

Pois, acontece que na do Louçã existem muitos potenciais desempregados e na lista do candidato pé-de-gesso existem muuuiiiitos efectivos desempregadores.

sábado, dezembro 10, 2005

Ah, finalmente o apoio dos intelectuais

Clara Ferreira Alves, numa crónica na TSF, defendia, de forma sub-reptícia, o homem bolo-rei como presidente ideal para Portugal.

Espremido o seu pretensamente rebuscado raciocínio, sobrava como argumentação o facto de ele já não ser uma pessoa irascível, e de ter até aprendido a sorrir.

Para passar de bacoca a ridícula só faltaria acrescentar a esta argumentação o facto de ele ter, entretanto, aprendido a mastigar de boca fechada e ter oferecido à cruz vermelha portuguesa uma gaveta inteirinha de peúgas brancas em muito bom estado de conservação.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Todos os trabalhadores são iguais, mas os profs, esses calões, são menos iguais que os outros.

A maioria do partido auto-denominado socialista chumbou, na Assembleia da República, um projecto de lei para atribuição de subsídio de desemprego aos docentes das instituições públicas de ensino superior.

Importa talvez lembrar que a qualquer trabalhador basta-lhe 6 meses de labuta para poder auferir de subsídio de desemprego, enquanto que um docente do ensino superior pode trabalhar e descontar durante 40 anos que, se não estiver no quadro, não tem direito a népia.

Ah, é verdade, o ps foi acompanhado na votação pelos outros dois partidos da sua área de intervenção política, a saber: pêéssedê e pêpê.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Matemática Jornalística

As mais recentes sondagens referentes às presidenciais dão cerca de 55% das intenções de voto para o candidato bolo-rei e cerca de 15% para Manuel Alegre.

Ontem, uma “sondagem relâmpago” realizada telefonicamente pela Eurosondagem, após o debate entre o candidato bolo-rei e Manuel Alegre, “concluiu que para 27,3% dos inquiridos, Cavaco Silva ganhou o debate presidencial, contra os 15,7% que acham que Manuel Alegre levou a melhor sobre o ex-primeiro-ministro social-democrata

Eu, que não devo ser deste mundo, penso que a probabilidade de um apoiante do candidato bolo-rei atender o telefone durante a sondagem era, à partida de 55%, enquanto que a probabilidade de ser um apoiante de Manuel Alegre a atendê-lo seria de 15%. Todavia, quer o Expresso on-line, quer a TSF, concluem que o candidato bolo-rei ganhou o debate.

Ainda bem que assim é!

domingo, dezembro 04, 2005

Mediocridade Jornalística

Naquele folheto que ao sábado acompanha o JN, e que utiliza abusivamente o nome de uma publicação há muito fenecida, alguém resolveu gozar com o Paulo Bento, por ele ter afirmado “Para mim, o todo é mais importante do que soma das partes”. PB, que comete o duplo pecado de ter sido jogador e de ser actualmente treinador de futebol, apresenta-se, sob o ponto de vista do “opinador”, como um fácil alvo a abater.

À confrangedora falta de bagagem científica e cultural da maioria dos fazedores de notícias, junta-se agora o dramático facto de se terem transformado em “opinadores profissionais”.

Em se tratando de um folheto de periodicidade semanal, seria de esperar uma cuidada e atempada revisão. É, pois, legítimo que concluamos que na GR nunca se ouviu falar na Metodologia Sistémica.

Um espanhol que é Rabo,

convencido de que elas não são grande apreciadoras do acto, resolve dizê-lo com todas as letras.

O Pinto, perseguidor de polémicas, resolve dar-lhe honras de destaque.

A populaça, seja lá isso o que for, esperneia.

A polícia coloca-se ao lado da populaça.

Entretanto, a mesma populaça, compra e esgota.

Aparece o Ministério Público a restabelecer a ordem, afirmando que o palavrão não é privilégio dos famosos.

No final ficamos a saber a parte triste de tudo isto: afinal “o Polvo” já não “é quem mais ordenha”.

JN, 3 Dez

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Histeria colectiva

O despertador toca cedo. Muito cedo. Demasiadamente cedo. Abro, a custo, os olhos e mantenho-os semi-cerrados. Na realidade, e como é habitual, abro apenas o esquerdo; porque, também como é costume, acordo virado para a janela.

Apercebo-me que a persiana não ficou completamente fechada. Verifico isso porque há uma fina lâmina de sol que persiste em penetrar por entre duas réguas.

Sol? Aí está o incentivo que me faltava. Arrasto-me até à sala – que dorme sempre de persianas abertas – e confirmo a sua presença. Não há nada como uma fria mas solarenga manhã de Outono. Afasto as cortinas enquanto simultaneamente fecho os olhos e abro os braços. Assim permaneço, a usufruir deste privilégio matinal, durante aqueles dois ou três minutos que se transformam em eternidade.

Abro contrariada e lentamente os olhos. Grande algazarra ali adiante. Não, não são apenas a habituais e odiosas gaivotas. Há silhuetas, voos e bateres de asas bastante diferenciados. Garças já por aqui andam há umas semanas, e aqueles voos paralelos ao espelho de água são típicos dos patos – mais raros mas também usuais nesta época. Há, no entanto, ali algo que eu nunca vi por estas bandas: permanecem calmamente à superfície, aparentemente em inocente repouso até que, repentinamente, mergulham e desaparecem durante largos segundos. Já vi patos fazerem isto. Mas não permanecem tanto tempo submersos nem tem o pescoço tão comprido.

Corro à casa de banho e mergulho a cara em água fresca. Regresso à janela já munido de binóculos. Gansos! São gansos! Nunca os tinha visto por aqui.

Lá estão as garças no seu voo simultaneamente desengonçado e majestoso, sobrevoando tudo e todos, com a calma de quem todo um dia tem pela frente. Os patos, que ora voam, ora aterram planando na superfície de água mergulhando durante muito breves instantes. E ainda as gaivotas: aquelas ratazanas voadoras, como muito bem Sepúlveda lhes chamou um dia, com um voo pouco gracioso e uma postura parasita.

A grande novidade é a presença dos gansos. Que sorte! Que privilégio! Ao fim de alguns minutos vejo emergir um deles com um peixe na boca.

A vida pode, afinal, ser bela. Muito bela. No meio deste raro despertar assalta-me repentinamente o h5enenãoseidasquantas. Será que houve alteração das rotas migratórias? Merda! Odeio fazedores de notícias!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Culpado

Valter Lemos decidiu que tinha o direito de meter todos no mesmo saco: doentes, “faltadores profissionais”, grávidas, grevistas, falsos doentes, e até aqueles que não deram uma única falta. Incluiu até quem deu a primeira falta do ano no dia 18 – fazendo greve e descontando um dia de salário – mas que ficou em casa trabalhando para a escola: corrigindo testes toda a manhã e preparando aulas durante a tarde.

Porque razão, então, acha ele que tem o direito a limpar o seu nome?

Pode até estar coberto de razão, mas eu não lhe dou o direito de ser ouvido por mim: já o condenei.

Mudei de emissora quando a voz dele apareceu na rádio e mudarei quando o vir na TV.

É culpado, faltoso, calão, preguiçoso, madraço, calaceiro, parasita. Não põe os pés no respectivo Ministério desde a tomada de posse, mete atestados médicos falsos e já foi corrido de vários empregos e de múltiplos cargos públicos.

Eu decidi que é assim e ele se quiser que me processe!

Sodomizou, está sodomizado!

O chefe da ICAR – b16 – decidiu que os homossexuais não podem ser ordenados sacerdotes. A medida não tem, no entanto, efeitos retroactivos; isto é: sobre os recto-activos.

Falta também esclarecer se ele apenas acha grave violar meninos e não meninas, ou se considera que os heterossexuais tem maior controlo sobre a pila do que os sodomitas.

Boa oportunidade para estar calado

Valter Lemos, Secretário d' Estado da Educação que no dia de greve dos professores veio a público chamar-lhes calões, foi, ele próprio, expulso da vereação da Câmara Municipal de Penamacor (para a qual tinha sido eleito pelo cds) por excesso de faltas.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Pá, se precisares duma cunha para a escola do Louçã, avisa.

pires de lima apela à desobediência civil por parte de … imagine-se: os advogados!

Parece que estão reunidos em congresso e que a palavra de ordem é “a ética”. É verdade, aqueles que hoje dizem que é preto e amanhã que é branco, de acordo com quem lhes paga, estão preocupados com a ética.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Ressabiados

Os endireitas não querem presidente nenhum. Aliás, ao contrário do que nos querem fazer crer, nem sequer têm um candidato. O que eles têm, e o que eles querem, é um candidato a primeiro-ministro sombra. Uma espécie de prémio de consolação por terem perdido as legislativas. Por isso mesmo falam em rever os poderes presidenciais.

Eles que fiquem lá com a fruteira e que sejam todos muito felizes.

quarta-feira, novembro 16, 2005

O homem bolo-rei

O candidato pé-de-gesso diz, a propósito de declarações de outro candidato, que “os eleitores devem tirar ilações dos comentários que cada candidato profere”. Concluímos, pois, acerca do vazio de ideias que constitui a sua própria candidatura, uma vez que ele se abstém de opinar acerca de seja o que for.

Já sabíamos que o pai do monstro “nunca se engana e raramente tem dúvidas”. O que só agora ficamos a saber é que ele se coloca acima de tudo e de todos, não se sentindo sequer no dever de gizar uma ideia que seja. Faz lembrar o João Soares quando já tinha a presidência da CML no papo e acabou por perdê-la para o cretino do Santana por meia dúzia de votos.

quarta-feira, novembro 02, 2005

O mundo está cheio de gente magra e triste

Diz o povo na sua imensa ignorância que bacalhau não é carne nem peixe, por isso pode ser acompanhado com branco ou tinto. Pois!... quando não se aprecia vinho todos os pretextos servem para se impingir branco. Já que a receita vem de Lafões, acompanho com um Duque de Viseu tinto, que o momento é de carestia.

Coloco uma panela de água a ferver, ligo o forno e vou abrir o tinto. Encontro um salpicão de Lamego e corto umas fatias finíssimas, para acompanhar com o tinto enquanto vou avançando nos trabalhos.

Para dentro de uma assadeira de barro vou cortando cebola às rodelas, muito alho e azeite a cobrir aquilo tudo.

Entretanto a água da panela já ferve e enfio lá dentro as postas de bacalhau. Espero um bocadito até que volte a ferver e retiro-as novamente e com cuidado, que o objectivo não era cozê-las, apenas fazê-las crescer um pouco. Mergulho-as em água fria e retiro a espinha: cada posta transforma-se em duas pequenas – porém altas – postas.

Paro para trincar umas rodelitas de salpicão e saborear um pouco de tinto antes de me preparar para a desagradável - e sacrílega cá em casa – operação seguinte, que consiste em cortar batatas aos cubos e dar-lhes uma ligeira fritura.

Enxugo cuidadosamente as postas de bacalhau com um pano e passo-as por farinha-triga, ovo e pão ralado, antes de as depositar na assadeira e a colocar no forno, que já se encontra bem quente.

Mais umas rodelitas de salpicão e mais um pouco de tinto. Vou espreitando a assadeira e quando – para aí ao fim de um quarto de hora – o azeite começa a ferver, rego o bacalhau com o dito cujo e aproveito para preencher os espaços vazios com as batatas que anteriormente alourei.

No total são para aí uns três quartos de hora de forno, durante os quais rego duas ou três vezes o bacalhau. No final enfeito cada posta com uma rodela de ovo que entretanto cozi, e disponho algumas azeitonas por cima das batatas.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Ruis e Rios, cada um escolhe o seu.

Rui Rio explicou que dispensava Rui Sá de uma vereação activa, ao rejeitar uma contra-proposta deste último para que o pelouro da Cultura e Ciência fosse complementado com a Educação.

Havia já muito tempo que todos conhecíamos a dificuldade de Rui Rio em descortinar qualquer tipo de ligação entre Cultura e Educação. Todavia, apenas agora se nos revelou a sua idêntica incapacidade para descobrir uma estreita ligação entre Ciência e Educação

terça-feira, outubro 25, 2005

Manias

A direita tem a mania de que a esquerda tem a mania de ser moralmente superior.
De tal modo que alguns endireitas abraçaram como cruzada única e fundamental do debate político encontrar gente que se diz de esquerda e que tenha cometido uma qualquer atitude reprovável; numa desesperada e infrutífera tentativa de equilibrar os pratos da balança da corrupção. Eles lá sabem porque é que sentem a frenética necessidade de se dedicar a esse afã.

Agora surgiu uma nova mania: a dos funcionários por conta de outrem terem a mania de que são moralmente superiores aos funcionários do estado. Curiosamente, os funcionários do estado não sentem necessidade de provar coisíssima nenhuma. Fica, então, combinado que essa nova cruzada é encargo dos manientos.

ps. a palavra "estado" aparece propositadamente, e não por gralha, em minúsculas.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Variáveis aparentemente não correlacionadas

Quando pela primeira vez subi ao palco no comando das operações, olhei em volta confirmando que tudo estava a postos: a audiência, o quadro de ardósia, o apagador e a colecção multicolor de nacos de giz – tudo muito apropriado para uma conversa em torno da geometria.

Impulsivamente rejeitei um naco de cor alaranjada que para lá estava no meio dos outros. Foi um acto não reflectido. Não o tinha planeado. Foi apenas um momentâneo impulso de repúdio.

Lembrei-me disso agora que, tal como nesse distante ano de 91, ligo a TV e vejo essa sombra a pairar de novo sobre as nossas cabeças.

Agora, como então, continuo sem saber que impressão provoca o toque de semelhante substância alaranjada.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Imparcialidade

Sob a égide dos EUA – potência ocupante – vai ser julgado Saddam Hussein, por crimes de guerra cometidos em 1982, altura em que Iraque e EUA eram aliados.
Parece-me bem. É que me parece mesmo muito bem.

Co-incineração

Ao fim de tantos meses, finalmente concordo com uma decisão do Sócrates.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Pá, desta vez

nem as moscas mudaram.


* posta inspirada num desabafo do "oito e meio" em plena "noite eleitoral".

quinta-feira, outubro 06, 2005

Henrique Galvão


Aquando do assalto ao vapor Stª Maria (de imediato rebaptizado de Stª Liberdade), por parte de Henrique Galvão e alguns dos seus pares, houve um tal de lambe-cus salazarento que dava pelo nome de nascimento costa que achou que podia entrar para a história, e acabou com um balázio enfiado nos cornos.

A rua onde morei teve o nome desse miserável, até que um dia alguém – que não interessa agora revelar – armado com uma trincha e uma lata de tinta, pintou a placa toponímica e escreveu o nome de Henrique Galvão no muro da primeira casa da rua.

Assim, sem abaixo-assinados dos moradores, nem coisíssima nenhuma, a rua mudou naturalmente de nome.

terça-feira, outubro 04, 2005

São tóbidio

Esta imagem (a primeira que coloco no meu berlogue) constitui uma nota de boas vindas ao são tóbidio. A ideia era colocá-la lá directamente, mas como não posso fazê-lo, aqui fica.

Felizmente que este muro não é pintado há pelo menos 31 anos.
Ainda conseguem ler o que lá está escrito?

segunda-feira, outubro 03, 2005

Ah ah ah ah ah ah ah

Os tipos do fórumTSF, hoje, queriam saber se por acaso achamos que os autarcas se têm preocupado com a qualidade arquitectónica.

6-0

Pimba, já está.
O tiro foi bem na testa!

sexta-feira, setembro 30, 2005

Podem não acreditar, mas no mail interno cá da tasca recebem-se coisas destas:

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Olá

Para todos aqueles que demonstraram interesse em ver de que se
trata o ESMO, o que é o SSETI, e como podem ajudar no
nosso grupo OBDH, lembro-vos que amanha vai ser a 2ª sessão de
esclarecimento.

É às 12h30 no anfiteatro B001.
Espero ver-vos lá,

Um abraço,
“Fulano de tal”

Esta mensagem foi enviada para (potencialmente) 6443 pessoas.
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Fiquei tão curioso que vou já para lá marcar lugar.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Caros amigos: vou hibernar até sexta-feira porque vou ser toureado e tenho que concentrar toda a minha atenção e forças para esse dia.
Os gajos preparam as bandarilhas, mas eu prometo dar luta.
O que me vale é que a minha outra tasca foi fechada pelos clientes, o que me dá mais tempo para afiar os cascos.

quinta-feira, setembro 22, 2005

E viva Isaac Newton

Ao estabelecer o princípio da gravidade eliminou a dependência da acção divina.

Facto

Se eu me pirar de uma operação stop, e a bófia me apanhar passados alguns quilómetros, mesmo que eu prove ter os documentos em ordem e uma taxa de alcoolemia de 0,00g/l, não me safo de responder por ter fugido.

ps. podem ir pensando numa definição para o verbo “felgueirizar”.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Eu, Wilt, me apresento.

Isaltinar

Aqui nas Edições Pirata vamos avançar com a publicação de um dicionário de neologismos. Para isso contamos com a contribuição de todos os frequentadores da nossa tasca. Solicito, pois, possíveis definições para o verbo “isaltinar”.

ps. o vencedor, para além de ver o seu nome inscrito na obra, receberá uma medalhinha da Nossa Sr.ª dos Anarquistas e uma viagem em autocarro Asadouro às amendoeiras em flor, sistema pulseirinha na mão tudo incluído.

terça-feira, setembro 20, 2005

segunda-feira, setembro 19, 2005

Se me aparecer aqui um gajo

que saiba somar 1/2 com 1/3 , garanto-vos que é um tipo de elevado potencial.

Repete-se a Sazonal Palhaçada

O estado gasta 40.000 contos para formar um piloto militar. Razão pela qual exige uma indemnização no caso do militar querer dedicar-se à aviação civil. A menos que…

A menos que consiga ser eleito numa qualquer lista de umas quaisquer eleições.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Levantamento de sigilo fiscal apenas para incumpridores

Pois!

Parecer-me-ia mais lógico que o sigilo fiscal fosse unicamente levantado aos pequenos contribuintes. As pessoas que honestamente declaram baixos rendimentos serão, aliás, os principais interessados. Senão vejamos: ao aparecerem as suas declarações de rendimentos no mesmo ou até em superior escalão relativamente àquele em que aparecem as declarações dos seus patrões, talvez estes últimos ganhassem vergonha na cara e, para além de passarem a cumprir decentemente com as suas obrigações ficais, passassem também a recompensar mais condignamente aqueles que os alimentam.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Otários quem, nós?

O principal argumento dos defensores do aeroporto da Ota em detrimento de obras de ampliação na Portela é o do perigo de tragédia em caso de acidente. Pois!

“Pá” – terá dito a oposição – “esqueçam a moralidade mas comamos todos!”

“Oposição insurge-se contra nomeações de "boys" do PS”

(in JN, 15 Set 2005)

Fui ver, … era Marineide

“Alegre volta a abrir a porta”

(in JN, 15 Set 2005)

quarta-feira, setembro 14, 2005

Pá, se fizesse o que os gajos me mandam

já tinha um pénis de 3 km.

Todos os dias recebo spam: “enlarge your penis”, “buy viagra”,...

He he, já começou

Um cabo da GNR de Vila Verde foi ontem detido pelo seu comandante, um sargento ajudante, depois de ter ameaçado de pistola o 2.º comandante

(in Correio da Manhã, 14 Set 2005)

terça-feira, setembro 13, 2005

Marineide

ama Jérsio, mas ele continua esnobando ela. Rosita é apanhada com o cunhado Evandro, em casa de Suleide. Saiba hoje se tumor de Joseméri é benigno. Ainda neste episódio:

“Carrilho critica Carmona e Bárbara oferece rosas”

(in JN, 13 Set 2005)

As chefias militares temem

que os protestos enfraqueçam a unidade das tropas.
Eu tenho essa esperança.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Candidatura Fracturante

Numa surpreendente resposta ao repto aqui lançado em posta anterior, para o aparecimento de candidaturas femininas à presidência da república, aí está Carmelinda Pereira.
O Soares que se cuide.

Para os mais distraídos,

eu traduzo o discurso de ontem do Sócrates:
"todos os trabalhadores são iguais, mas os gestores são mais iguais do que os outros"

quinta-feira, setembro 08, 2005

Por andarem a comer cadáveres,

os crocodilos mais clarinhos vão ser condecorados por prestarem esse serviço público que é evitar a propagação de epidemias.
Os mais escurinhos vão ter que pagar a refeição.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Parque Fascista, ou Inaugurar o Inacabado

Levei o puto ao novo parque da cidade de Gaia.

– Desculpe, mas não pode entrar com bola.
– Mas então…!?? Bom, deixa lá, vamos ao carro buscar a bicla.
– Desculpe, mas também não pode entrar com bicicleta.
– Como? Bem, deixa lá, vamos ao quarto de banho como me tinhas pedido e depois vamos ao parque da cidade do Porto.
– Desculpe, mas ainda não temos as instalações sanitárias a funcionar.
– Como? Olha rapaz vais fazer aqui mesmo.
– Atrás de uma árvore?
– Não, não. Aqui mesmo no meio.
(é que não havia nenhuma igreja por perto.)

Hoje, no fórumTSF,

perguntavam qual a imagem que temos dos americanos.

Uma mistura de Archie Bunker com Homer Simpson, é a minha resposta.

terça-feira, setembro 06, 2005

A razão de Soares

Ninguém duvida que ele se acha indispensável e que tem uma visão “monarquizada” da democracia. No entanto, ele tem perfeita consciência de que este não é um combate ganho à partida. Uma eventual derrota trar-lhe-á um enorme amargo de boca e será responsável por um imenso mal-estar, numa fase da vida em que o dispensaria seguramente.
Será, então, cabaco o único responsável? Nããã.
Espírito de missão? Nããã.
Cabaco não é o único nem sequer o principal responsável. O responsável é o PS, que estava prestes a cometer a grandessíssima argolada de apoiar Freitas para a presidência. E isso, Soares não podia permitir.

Saltitando de tacho em tacho,

o inútil do santana lopes terá que abandonar a CML até domingo próximo, se quiser regressar ao paralamento.
Partiu já para uma maratona de 27 inaugurações* em 5 dias.
É obra! Nem o soba da Madeira!

* a maioria das quais, de obras inacabadas, como é óbvio.

segunda-feira, setembro 05, 2005

A sala de troféus

A sala de troféus era muito mais do que isso, mas antes de lá irmos é imperioso explicar que o acesso nocturno a todas aquelas áreas era reservado a associados, pelo que o nosso direito de circulação por todos eles foi sendo progressivamente conquistado graças ao cumprimento de duas regras intrínsecas, a saber: a) discrição, b) nunca discutir futebol com os associados benfiquistas.

Na sala de troféus havia duas mesas de bilhar e, ao fundo, a vitrina onde exista uma taça cortada ao meio, que tinha sido consequência de um empate a um golo com o Sporting de Espinho, no final de um torneio. Tinha havido mais dois jogos de desempate, tendo ambos terminado empatados, pelo que optaram por dividir o prémio – outros tempos.

Das primeiras vezes que ali acedemos limitamo-nos a assistir, em silêncio, a algumas partidas disputadas por exímios jogadores. Com o tempo fomos ganhando confiança, já entravamos de cerveja na mão e, por fim, já nós jogávamos.

Esta sala ficava literalmente por baixo da bancada, pelo que o seu tecto era semelhante ao de um sótão de uma só água, sendo que na parte mais alta tinha um pé-direito de praí uns 5 ou 6 metros. Na parte mais baixa havia três mesas de jogo, onde se disputavam partidas de parada alta, com fichas e tudo.

Para descrever bem o ambiente desta sala falta, por um lado e para quem ainda não saiba, referir que as cores do Bila são o vermelho e preto (não, não vou falar da carga simbólica que estas duas cores juntas para mim acarretam), e por outro lado explicar que as únicas luzes eram as dos bilhares – quando ocupados – e das mesas de jogo. Estas ficavam, como já referi, na parte baixa da sala – onde não cabia uma pessoa em pé – com cortinas pretas semi-cerradas a isolá-las do resto da sala, com uns daqueles candeeiros tipo prato de esmalte invertido, suspensos praí a dois palmos do tampo da mesa de jogo, com o fumo dos cigarros e charutos que tentava subir mas que logo encontrava o tecto e portanto rodopiava, mas logo encontrava a cortina e ficava por ali mesmo cada vez mais indeciso e cada vez mais denso.

A atmosfera criada pela necessidade de conquistar o direito de admissão, por todo aquele imenso silêncio, pela profusão de preto e vermelho, pelos fumos, pelo álcool, tinha algo de misterioso e quase mafioso que exercia em mim um inegável fascínio.

Injustiça

Como muito bem lembrou o meu amigo Zé do Telhado num comentário a uma posta anterior, apenas metade do campo do Bila pertence efectivamente ao Bila. O que significa que, ao longo do seu historial, o Bila tem jogado 45min fora, mesmo quando joga em casa; isto é, só joga 25% do campeonato em casa e mesmo assim foi-se aguentando.

domingo, setembro 04, 2005

Os Homens da Moquinha

Havia um pequeno bar que ficava por baixo das bancadas e que tanto podia fechar à meia-noite como às duas da manhã. Nessa altura éramos estudantes ou pouco mais, e lá a cerveja era barata.

Entrava-se por uma porta-homem que estava sempre convenientemente encostada, dando a quem passava na rua a sensação de estar fechada. O compromisso era precisamente esse: o de deixar a porta tal como a encontrávamos.

Uma vez transposto o portão havia que percorrer a bancada e, na escuridão, procurar a abertura que nos levaria às entranhas deste estranho edifício. Havia o balneário da casa, o dos visitantes e o dos árbitros. A meio era o bar e do lado direito a sala de troféus.

Se era dia de treino de hóquei-em-campo, pegava cada um na sua cerveja, fazíamos o percurso inverso e sentávamo-nos na bancada da imprensa a ver os homens da moquinha, como nós lhes chamávamos. De Inverno, a chover torrencialmente, com os holofotes acesos praí a 20%, digo-vos que assistir àqueles treinos era algo memorável. Lá ficávamos, muitas vezes com o olhar entorpecido, a tentar adivinhar a posição da bola apenas pelo bailado daquelas figuras cobertas de lama e não tínhamos sequer a pretensão de alguma vez conseguir efectivamente ver o esférico.

No fim do treino, quando já nos encontrávamos novamente no bar para um reabastecimento, apareciam os homens da moquinha para beber o compal e comer a sandes de queijo. Se o treinador se demorava por lá, ia cada um à sua vida. Se o treinador desamparava a loja, havia sempre alguns homens da moquinha que transitavam para a branca fresca.

Bila

Hoje leio no JN que o Bila desistiu da primeira eliminatória da Taça de Portugal, evocando “um conjunto de dificuldades”, e fico deprimido. Já vi o que aconteceu ao Salgueiros e sei o que vai acontecer ao Bila. O Campo Soares dos Reis é um dos mais cobiçados rectângulos de Gaia. Situa-se bem no seu coração, pelo que o pato bravo que lhe deitar a unha tem a reforma garantida.

sábado, setembro 03, 2005

A vida de Brian

Jerónimo Sousa diz que o BE – por ter apresentado o seu candidato presidencial a seguir a PCP – anda a reboque deste último (!??).
No entanto, a primeira intervenção de Jerónimo, na Festa da Atalaia, foi para falar do BE.
Falta de agenda própria até na própria festa?

A pombinha da Katrina

ao fim de 5 dias visitou finalmente alguns locais da catástrofe. Lembram-se quando, no 11 de Setembro, se enfiou num avião e fugiu? Pois!

Mortos a boiar, 2 milhões de desalojados, pilhagens, violações, tiros e mais tiros inclusivamente contra as “forças da ordem”, saques, assassinatos, ... tudo mucho cool.

sexta-feira, setembro 02, 2005

: )

Venezuela e Cuba ofereceram ajuda humanitária aos EUA.

domingo, agosto 28, 2005

Notícias mais recentes

apontam para o surgimento de um terceira via, que sugere o seccionamento transversal dos automóveis, mas que fique oficialmente registado e universalmente reconhecido como Corte Longitudinal.

Os mais à direita

defendem o corte transversal, porque, segundo eles, o longitudinal separa o motor em dois, deixando-o inoperacional. Alegam estes que o corte transversal mantém o motor intacto e, portanto, em funcionamento.

Quando confrontados com o facto de a parte traseira ficar inoperante, argumentam que o mundo é assim mesmo, favorável aos que se encontram ao volante e àqueles que se encontram imediatamente à sua direita; e desafiam os defensores do corte longitudinal a explicar a utilidade de meio veículo seccionado dessa forma. Estes últimos contrapõem que não é a funcionalidade mas sim a igualdade que está em causa. Adiantam, ainda, que a inutilidade do corte longitudinal é mais propícia a um encontro de vontades no sentido de juntar ambas as partes em torno de um objectivo comum.

O impasse promete manter-se.

Os mais à esquerda

defendem o corte longitudinal porque, afirmam, é o mais igualitário, pois separa o automóvel em duas partes praticamente idênticas, tirando um ou outro pormenor.

Carrilho – Primeira Cisão

De acordo com a TsfOnline, “Carrilho quer reduzir carros para metade”.
Ao que parece, os seus apoiantes dividem-se entre defensores do corte transversal e defensores do corte longitudinal.

sexta-feira, agosto 26, 2005

O gajo

vive e trabalha em Bruxelas, e tem um slogam que reza assim: “De novo do seu lado”.

Empreendedorismo

Os toxoindependentes da Marinha Grande perfilam-se cedinho no centro de saúde, recolhem as primeiras senhas de atendimento e vendem-nas a peso de ouro.

Vida na aldeia

Um gêéneerre manda parar o meu sobrinho diz-lhe: “da próxima vez que te apanhar a conduzir moto sem capacete, faço queixa ao teu pai”.

Já não há pachorra

para o sandoku*

* não é o Trigue da Malásia, é o outro.

Pá, estou de férias

Kalungas, coelhos à montanhês, tentativas frustradas de apagar incêndios, Bagoeiras, polvos na brasa, caminhadas, mergulhos no rio, bacalhau na brasa, caminhadas, mergulhos no mar, porco preto, caminhadas, muuuuuito churrasco, mergulhos na piscina, bacalhau à lagareiro, caminhadas …
Seguem algumas postas light só para garantir que ainda não morri … e, já agora, que ainda estou de férias.

ps. muito contente com as vossas visitas.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Até que enfim,

já ardeu tudo.
Já posso ir para a praia.

sábado, agosto 20, 2005

Vergonha

de ser português.
Eu aqui cercado pelo fogo e os foguetes continuam na aldeia vizinha.
Já nem falo de bom-senso, falo de solidariedade.

Elles andem a gozar comigo

Luís Filipe Pereira – ministro do anterior desgoverno – recebeu um subsídio de reintegração profissional de 22.000€.
P: E para onde é que ele foi reintegrar-se?
R: Para administrador do Grupo Mello.

sexta-feira, agosto 19, 2005

117, na primeira pessoa.

Então, hoje, à 16:00h foi assim:

" – Boa tarde, é para alertar para um incêndio … (fui interrompido)
– Não temos bombeiros.
– Mas este está mesmo no início.
– Então a população que combata o incêndio!
– Mas … (mais uma interrupção)
– Só em Ponte do Lima há 8 incêndios!
– Mas este está mesmo no início.
– Mais uma razão para ser a população a combater o incêndio. Não temos bombeiros e os que temos estão exaustos. Com licença. (desligou) "

quinta-feira, agosto 18, 2005

Não obstante as altas temperaturas,

Fiz hoje uma caminhada digna desse nome.

“… que ao tornar-se humano o homem adquiriria, com as pernas erectas e a passada larga, o “impulso” migratório ou instinto de percorrer longas distâncias ao longo das estações; que esse “impulso” lhe estava inscrito no sistema nervoso central; que, em situações estáticas, quando assenta, encontra escapes na violência, na avareza, na procura de estatuto social e na mania de tudo o que é novo. Isso explicava a razão pela qual as sociedades móveis como a dos ciganos eram igualitárias, livres da posse de bens e resistentes à mudança … todos os grandes mestres – Buda, Lao-Tsé, S. Francisco – colocavam ao centro da sua mensagem a peregrinação perpétua…”

Bruce Chatwin
in Anatomia da Errância

terça-feira, agosto 16, 2005

J’aimerais bien mourir dans lá revolution

Vinte anos depois, que é feito dos Pop Del Art?

Água neles

O atraso cultural e intelectual deste país é confrangedor.

Estou cá fora a saborear a noite fresca do Minho e, se não fosse dramático seria risível, projecto o meu olhar no horizonte tentando perscrutar algo na escuridão. No sopé da serra descortino, sem grande esforço, dois incêndios. Um pouco mais para a esquerda, a alguns quilómetros: pum, pum, pum, foguetes numa aldeia vizinha. Ao longe, na margem esquerda do vale do Lima, mais foguetes.

É este mesmo povo, que “bota” foguetes, que nos salta histericamente dos ecrãs para dentro das nossas casas, a clamar por nossa (deles) senhora de Fátima, após ter perdido uma vida inteira de trabalho nos incêndios.

No sábado passado, o JN noticiou que em Vila Real, após um acidente rodoviário que resultou no incêndio da viatura, e numa altura em que o ferido se encontrava já a ser socorrido por uma equipa do INEM, passou um helicóptero de combate a incêndios que lhes despejou 3500 litros de água, pensando tratar-se de um foco de incêndio.

Apelo, pois, aos pilotos desse tipo de aeronaves que, sempre que detectem o lançamento de foguetes, despejem o balde em cima do fogueteiro e respectivo arsenal.

ps. e o papel da padraria no meio disto tudo? Sabendo-se que utilizam as missas ao serviço de todo o tipo de campanhas, bem que poderiam tentar catequizar este povo.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Cento e trinta e cinco

degraus depois, eis-me no topo do Farol de Montedor, conduzido pelo Faroleiro Sub-chefe Farinha. Que vista. Que tranquilidade. Deixassem-me e aqui ficaria aqui o resto da semana.

sábado, agosto 13, 2005

Lugar do Outeiro

Desta vez é para o Minho, com Chatwin e Sepúlveda na Bagagem e a Patagónia como miragem.

No verão de 2004 encontrei uma ciber-taberna em Ponte do Lima. A ver vamos se ainda está por lá. Caso contrário: postas para que vos quero!

Espera-me a Serra de Arga, o regadio de Estorãos e todo o magnífico vale da Ribeira Lima: grandes caminhadas em perspectiva. Espera-me a cozinha caseira, as conversas pela noite dentro, de copo na mão enquanto apanhamos a fresca sentados cá fora a ouvir o silêncio da noite.

Também me esperam os incêndios: os passados e os que estão para vir; os altifalantes das romarias e a irracionalidade dos foguetes: “quantos quer que bote?”.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Um verdadeiro drama nacional

Acabei de escutar no telejornal que a Nucha, a Ágata, a Mónica Sintra (ou Cintra, sei lá quem é a gaja) e o José Malhoa foram, “à última da hora”, cancelados da festa benfiquista.

Eric Blair, o light.

Morte

aos gajos que não dão pisca.

Vais prá esquerda? Vais prá direita? Vais parar? Vais pró carbailho que te fecunde seu grandessíssimo monte de esterco?

Se tenho pressa? Tenho; tenho pressa de te dar um chuto nos tomates se não te pões já no carbailho!

Eric Blair, o exaltado!

quinta-feira, agosto 11, 2005

Peço desculpa

pelos longos intervalos entre visitas, mas com apenas 32Kbps, qualquer um entende o meu desespero.

Apenas um número

Não é transcendente, não é complexo, não é irracional, nem sequer é primo.
Bom, é real e natural.

“Toda a gente sabe como as necessidades da vida corrente exigem que, a cada momento, se façam contagens … se o homem vivesse isolado, sem vida de relação com os outros homens, a necessidade da contagem diminuiria, mas não desapareceria de todo …”

Bento de Jesus Caraça
in Conceitos Fundamentais da Matemática –
A contagem, operação elementar da vida individual e social

De que é que estava eu a falar? Ah, pois, já me lembro: 1000 visitas aqui no berlogue.
É só isso.

A bandeira do iscolari

Aqui à porta da minha gruta há uns energúmenos que vem trazer os jecos a cagar.
Tem um relvadozito e tal …

Para tornar o ambiente mais acolhedor, resolvi criar a Fundação Bandeira do Iscolari. Consiste no seguinte: imprimir (frente e verso e a cores) umas bandeiras nacionais (de 2x4cm) e colá-las num palito (a fazer de mastro). Por cada cagalhão, cada bandeira espetada.

Os meus vizinhos divertem-se imenso, mas a nem por isso a romaria tem abrandado.

Uma vez vi um desses filhos de uma meretriz a sacar de um guardanapo de papel, após o jeco ter cagado, e pensei: “sim senhor”. Qual sim senhor qual carbailho, o pastelão ficou lá, e ele usou o guardanapo para limpar o cu ao jeco!

Eu sei que é difícil acreditar, compra quem quiser.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Mais um buraco em Fortaleza

Boa sorte para a quadrilha que escavou, durante mais de 4 meses, um buraco que lhes permitiu, num assalto ao Banco Central de Fortaleza, arrecadar mais de 50 milhões de euros. Qualquer coisa como 3,5 toneladas em notas.

ps. ao que parece, o projecto estava inicialmente previsto para a CGD, mas os assaltantes perceberam que outros já tinham começado esse assalto, mas pelo telhado. Acresce que a ministra da cultura provavelmente inviabilizaria a construção do túnel.

Onde estão

os submarinos que o cretino do portas comprou? Servem para quê?

E os inúteis dos militares servem para quê? Porque é que não limpam matas no Inverno e combatem incêndios durante o resto do ano?

Uma semana inteira

sem relógio, sem telemóvel e, sobretudo, sem notícias da tugalândia.

No El País – a coisa mais parecida com um jornal português que se conseguia arranjar por lá – as únicas notícias cá do burgo tinham inevitavelmente a ver com os incêndios e, acreditem, deixavam-me envergonhado as legítimas considerações que os jornalistas diariamente iam tecendo acerca da forma autista como no nosso país se tem ao longo dos tempos encarado este drama que a natureza apenas se encarrega sazonalmente de destapar.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Donde ès la zapateria

Afinal aqui tambien hay internè!

ps. fiquei aqui a saber que o zapatero decretou um dia de luto nacional pela morte desse arauto da liberdade, dos direitos humanos, da democarcia e, sobretudo, dos direitos das mulheres: o rei da arábia saudita. Só espero que por aí o Sócrates nao (aqui no hay til) tenha feito o mesmo.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Na Patagónia,

de Bruce Chatwin. É o livro que releio todas as férias.
Vou fazer a mala. Volto daqui a uma semana.
Portem-se mal.

sábado, julho 30, 2005

Sabem qual é a semelhança

entre um sacristão, um escadote e uma garrafa? Entre o sacristão e o escadote não há semelhança nenhuma; e a garrafa é só para despistar!

Agora descubram vocês esta:

“Ascenso Simões, Secretário de Estado da Administração Interna anunciou que, a partir de segunda-feira, o combate a incêndios contará com o apoio de 14 sapadores chilenos”
(in JN, 30 Jul 2005 – pág.30)

“Em Ribeira de Pena e Mondim de Basto há pronto-socorros florestais parados e alguns mesmo a enferrujar há mais de 2 anos, devido a atrasos no pagamento às equipas de sapadores florestais”
(in JN, 30 Jul 2005 – pág.31)

E ainda mais esta:

“Enquanto o País está a arder, não podemos ter um papel de espectadores”
(Jorge Sampaio in JN, 30 Jul 2005 – pág.30)

“Entre 1998 e 2003 nenhum acusado de incêndio em Portugal foi condenado a uma pena de prisão”
(in JN, 30 Jul 2005 – pág.31)

quinta-feira, julho 28, 2005

Life of Brian

Este blog começa a ser muito plural.
Da meia dúzia de visitantes costumeiros não há dois com igual tendência política.
Isto promete.

O conjunto intersecção

Quem vota Soares?

Sovaco Silva

Cheira-me que é o único responsável pela candidatura de Soares.

quarta-feira, julho 27, 2005

A Sombra do Vento

de Carlos Ruiz Zafón.

Delito de opinião

Asssiti, na tv, à prisão de um cidadão britânico pelo facto de, calmamente e de mãos nos bolsos, ter opinado que Tony Blair tinha trazido a guerra para dentro do seu próprio país, ao ter invadido um terceiro país que não o ameaçara.
Por ter exprimido uma opinião comum à maioria dos ingleses (como mostra uma recente sondagem), foi preso.

ps. o homem tinha uma cor assim um bocado para o escuro.

terça-feira, julho 26, 2005

Não me consigo esquecer

de quando a esposa disse que tinha um carinho especial por Agostinho da Silva, por lhe fazer lembrar o seu próprio pai!

Casal Mariani: novos-ricos da política!

(coitado do Agostinho. O que lhe fizeram em vida…)

Não me consigo esquecer

daquele pastel de natas às voltas no tambor da máquinatrituradoracomjanelatipomáquinadelavararoupa.

Sovaco Silva: aquele governo cheirava mal!

segunda-feira, julho 25, 2005

Não devo ser deste mundo

808 20 33 77.
Ora aí está um nº que nunca vou marcar.

Dois braços, duas pernas, uma cabeça.

Características que correspondiam exactamente à descrição do suspeito.

sexta-feira, julho 22, 2005

Rota de colisão

Entendamo-nos: ninguém duvida dos motivos que afastaram Campos e Cunha do governo.

Sócrates só pode ter um de dois discursos: ou assume a ruptura com C&C, e então vai ter que explicar que não havia coordenação entre o projecto governativo e o homem das massas; ou argumenta com a solução de continuidade, e mente descaradamente.

Mas porque é que ninguém fala disto?

Numa altura em que a economia está de rastos, a banca vai batendo sucessivos recordes de dividendos; mercê da sua filosofia de negócio assentar na desgraça alheia.

segunda-feira, julho 18, 2005

Imoralidades à portuguesa – II

A Câmara Municipal de Gaia (CMG) custeou e construiu um centro de estágios que é utilizado unicamente pelo Futebol Clube do Porto, em troca de uma mensalidade de 500€.

A mesma edilidade tentou criar uma fundação (!) que se ocupasse da manutenção do dito complexo desportivo. O tribunal de contas chumbou essa intenção. luís filipe menezes recorreu da decisão e, enquanto espera o resultado do recurso, adiantou já 1.500.000€.

domingo, julho 17, 2005

Imoralidades à portuguesa – I

Os administradores da PT, entre ordenados e prémios de “produtividade”, receberam, em 2004, um montante superior à totalidade dos seus 20.000 funcionários.

sexta-feira, julho 15, 2005

B16 ajuda a promover novo livro de Harry Potter

O inquisidor-mor bento16 acredita que “os livros de Harry Potter exercem uma sedução subtil sobre os leitores jovens e distorcem o cristianismo na alma antes de ele ter tempo de se desenvolver de maneira adequada”.

Num mundo do parecer, em que o marketing – que b16 tão bem domina – é o primeiro poder, estranha-se que ele não perceba que quanto mais proscrito mais apetecido.

A autora agradece o empenho.

quinta-feira, julho 14, 2005

A ingnoramssia grassa

Noticiário RTP:

“No combate aos incêndios no distrito de Bragança já se gastaram mil e duzentos litros de água … logo num ano em que a água tem que ser medida ao milímetro”

Quantos? Como?

quarta-feira, julho 13, 2005

Ingredientes: uma hora, 8 € e uma Vespa.

Meia dúzia de sardinhas assadas num fogareiro, ali a porta da tasquinha, mesmo à minha frente. Uma salada com muiiiito pimento. Uma canequinha do da casa. Broa. Café.
Um curto passeio pelas ruas da Afurada, para aligeirar a digestão.

Lembram-se de Sucupira?

"Os atletas de alta competição estão, desde o início do ano, sem receber os subsídios de apoio à preparação"

"O presidente do Comité Olímpico de Portugal , Vicente Moura, considerou uma candidatura de Lisboa à edição dos Jogos Olímpicos de 2016"

(2 notícias distintas, in TSFonline, 13 Jul 05)

Ah ah ah ah ah ah

Agora a culpa é do gene!

segunda-feira, julho 11, 2005

O resto é paisagem

Informação de trânsito na TSF: “o trânsito está cortado na Lapa e também muito lento junto à Cordoaria”. Mas qual Lapa, qual Cordoaria? Só em Lisboa é que há Lapas e Cordoarias? Importam-se de especificar de que terra estão a falar?

É claro que quando dizem que “há bastantes dificuldades para sair do interior da buba dela”, ficamos todos esclarecidos!

Irracionalidade, ou os atrasados de um país.

- Bais jogar no euromilhões?
- Claro. Há jaquepote.
- Costumas jogar?
- Nãããã, mas esta semana há jaquepote. Só jogo quando há jaquepote!
- Se te sair, o quê que bais fazer com a pasta?
- Acabar de pagar a casita e comprar um carrito.
- Oube lá, pra isso podes jogar todas as semanas cu prémio é sempre mais de 2milhões de contos; num precisas de esperar por um jaquepote.
- Hã?... tens a mania qués intelectual ou o caralho, bou jogar porque há jaquepote, já te disse. Jogo sempre que há jaquepote. Da-se…

sexta-feira, julho 08, 2005

É pá, é mentira, comigo ninguém falou!

"Blair Recebeu Apoio dos Líderes do G8"

(in JN, 8 Jul 05)

Descubra as Diferenças

"Jardim Compra Produtos Chineses Para a Campanha"

"Tribunal Condena Articulista Por Chamar Garotinho a Jardim"

(in PÚBLICO, 8 Jul 05)

quinta-feira, julho 07, 2005

"friendly fire incident" em Londres

BUUUUUUUUUM

Vendam-lhes o jardim e o ferreira torres

"Cientistas Vão Tentar Reconstruir Genoma do Homem de Neandertal"

(in PÚBLICO, 7 Jul o5)

segunda-feira, julho 04, 2005

alberto joão, jardim da Madeira

No encerramento das festas "24 horas a bailar", em Santana, alberto joão jardim, saiu-se com esta:

"Portugal já está sujeito à concorrência de países fora da Europa, os chineses estão a entrar por aí dentro, os indianos a entrar por aí dentro e os países de leste a fazer concorrência a Portugal... está-me a fazer sinal aí porquê? Que estão chineses aí? É mesmo bom que eles vejam porque não os quero aqui"

Acresce que:

Artigo 240.º CP - Discriminação racial ou religiosa

2 - Quem, em reunião pública, por escrito destinado a divulgação ou através de qualquer meio de comunicação social:

a) Provocar actos de violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional ou religião; ou

b) Difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional ou religião, nomeadamente através da negação de crimes de guerra ou contra a paz e a humanidade;

com a intenção de incitar à discriminação racial ou religiosa ou de a encorajar, é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.

* fonte: http://atorredebabel.blogspot.com/2005/07/2-2-no-so-4.html)

Rega-bofe

"Lei permite mês de férias a cerca de meio milhão de pessoas"

(in TSFonline, 4 Jul 05)

sexta-feira, julho 01, 2005

GRrrrrrrrrrrrrrrr

Houve, em tempos, uma revista chamada Grande Reportagem. acompanhei-a do nascimento até à morte. As vivências, a consciência ambientalista, a intervenção cívica, as minhas pegas com o Miguel Sousa Tavares, tudo isso fez parte do meu crescimento como cidadão. Ela me apresentou Chatwin, Thoreau, Himalaya, enfim tantos outros.
Mais tarde, apareceu o Francisco José Viegas para lhe apertar os tomates e fazê-la definhar.
Agora, que está morta e enterrada, apareceu um folheto publicitário que é distribuído aos sábados com o JN, e que utiliza abusivamente o mesmo nome.

Morcões!

"A partir de Domingo próximo, o Barnabé fecha as portas."

(in BARNABÉ, 30 Jun 05)

Competência: Sócrates consegue baixar 0,11% do déficit em menos de um mês.

"O Relatório Constâncio tem uma gralha na soma de um quadro que, quando corrigida, reduz o défice orçamental de 6,83 por cento para 6,72 por cento."

(in TSFonline, 1 Jul 05)

Uma vida cheia, de permanente lucidez.

Emídio Guerreiro (1899-2005)

quarta-feira, junho 29, 2005

Está aí alguém que me possa explicar?

Mas então a conferência episcopal portuguesa não é inteiramente constituída por pessoas do mesmo sexo e que utilizam a pila apenas para mijar?

Por acaso eu até acho que a Associação dos Professores de Matemática deveria organizar umas jornadas acerca do ensino da Língua Portuguesa. Também não sei do que é que a Federação Portuguesa de Futebol está à espera para emitir um documento acerca das novas regras do voleibol de praia. Já para não falar nas jornadas parlamentares do pêpêdêpêéssedê subordinadas ao tema: ”o papel das células de operários na construção da unicidade do PCP”.

Pois é, já está.

Ontem, na tsf, ouvia o João dos bancos a espumar contra a decisão do governo de descriminalizar os cheques carecas inferiores a 150 euros.

Findo o noticiário, entraram os anúncios. O primeiro dos quais era um daqueles – para os quais já não há pachorra – a tentar ser engraçadinho: um diálogo/entrevista entre um candidato a um empréstimo bancário e o respectivo banco. Após um infindável questionário, somos interrompidos por uma terceira voz que nos diz algo como “no banco tal e tal, não é preciso nada disto. Basta um telefonema e já está”.


ps. Pelo terceiro ano consecutivo aumentaram-me o “plafond” do cartão de crédito sem que eu o solicitasse. E, pelo terceiro ano consecutivo, tive que ligar para o banco, ordenando que repusessem o “plafond” anterior.

psr. Um dia destes também recebi uma carta dum banco onde tenho conta, oferecendo-me 6000 euros de empréstimo a uma taxa reduzida e para o fim que eu muito bem entendesse. Bastaria um telefonema.

terça-feira, junho 28, 2005

Serei eu um democrata?

Um gajo já não pode hibernar durante quatro dias no meio de pinheiros e castanheiros, com o rio Minho e as terras que finalmente já não são do iribarne no horizonte, que os barnabitas logo descambam.

Caros Rui e Daniel: logo à noite, como sempre às terças-feiras, vou jogar a bola com uma rapaziada amiga. Se aparecer por lá alguém com um stick, uns patins e uma bolinha, explico-lhe as regras básicas do futsal e convido-o a juntar-se a nós. Se ele insistir em jogar com os patins e o stick, enfio-lhe o dito cujo pelo cu acima e expulso-o a pontapé.

quinta-feira, junho 16, 2005

Perplexidades

Aqui no coreto onde toco começou a ser publicada uma newsletter relativa à actividade científica desenvolvida: acho bem.

A Comissão Redactorial é constituída por um elemento de cada departamento: acho bem.

Do meu departamento foi escolhida (ou seleccionada, ou convidada, desconheço o processo utilizado) uma pessoa que beneficiou de uma dispensa de serviço lectivo por um período de 3 anos para que se pudesse dedicar a tempo inteiro ao doutoramento. Esse período já findou há uns 3 ou 4 anos e, que eu tenha conhecimento, o doutoramento ainda não “saiu” e, ao que consta, não sairá nunca. Ao que também consta, e apesar desse tipo de dispensa estar dependente da assinatura de um rígido compromisso contratual, nenhuma retaliação foi a essa pessoa infligida: acho muitíssimo bem (é que acho mesmo).

Preocupante

O PÚBLICO on-line tem um daqueles inquéritos ridículos, onde pergunta se se concorda com a instalação de câmaras de vídeo-vigilância nas praias portuguesas. Ressalvando a pouca validade da amostra, não deixa todavia de ser preocupante e desolador que 72% dos votantes tenha respondido afirmativamente.

A Bandoma lá do sítio…

"Incidentes de Carcavelos só deram origem a uma queixa"

(in PÚBLICO, 16 Jun 2005)

De onde se conclui que os óculos de sol e os telemóveis dos veraneantes eram todos comprados na feira da ladra, por isso ninguém pôde apresentar queixa!

Filipe Vieira e Pinto da Costa ultimam contratações para o Sporting

"Bush e Putin debatem reformas para a ONU"

(in JN, 16 Jun 2005)

quarta-feira, junho 15, 2005

Serra da Freita – PR16 “caminhada exótica” (9km)

O percurso começa na aldeia do Merujal. 50min após sair do Porto já me encontro a caminhar na serra.

Saí do Merujal em direcção à estrada de alcatrão, sentido Albergaria das Cabras (agora “da Serra”!). Virei de imediato à esquerda no primeiro caminho de terra (tem placa).

Inicio uma caminhada descendente de 20 a 25 min, por entre pinheiros, castanheiros, carvalhos, freixos, araucárias e mato baixo. Na primeira possibilidade de virar à direita (tem placa) faço-o e começa a subida.

Esqueci-me da máquina fotográfica. E, já agora, dos binóculos.

Há duas aparentes possibilidades de virar à direita, mas são caminhos sem saída (“da direita nem bom vento nem bom casamento”). Só o faço à terceira, por um caminho florestal bem definido e começo a subir a encosta por um trajecto em zig-zag, bastante íngreme. Paro, pela primeira vez, para tomar estas notas.

Muitas borboletas em todo o percurso.

Continuo a subida íngreme até entroncar num caminho e voltar à direita. Este acompanha as curvas de nível, pelo que consigo, finalmente, alargar a passada. Estou agora numa cota elevada e com ampla vista sobre o vale. Logo adiante há um caminho à esquerda, mas opto por continuar em frente, até que regresso à estrada de alcatrão.

No alcatrão viro à esquerda, para voltar a sair de imediato, também à esquerda (tem placa).

As indicações que possuo apontam, sem margem para dúvida, para que vire à direita por um caminho entre muros. Ele lá está, mas perfeitamente impenetrável. Não sendo de apostas, e nunca tendo jogado a dinheiro, arrisco com grande margem de certeza que este caminho não é percorrido há já muito tempo, tendo em vista a quantidade de mato e a altura dos fetos que se riem desafiadoramente do meu metro e noventa. Aproveito para realçar o papel fundamental do bordão que comigo trouxe (que já me tinha sido muito útil nas partes íngremes da caminhada), e que me permitiu persistir e romper por entre tão denso matagal.

Não há dúvida de que o “caminho entre muros” é este mesmo, mas vejo-me forçado a abandonar o corta-mato e seguir por um caminho que me faz contornar um cabeço, pelo flanco contrário ao que seria suposto e, consequentemente, aumentar consideravelmente o percurso.

Após cerca de 30 min encontro-me no local onde o “caminho entre muros” entronca naquele que estou a percorrer, pelo que confirmo que retomei a rota correcta. Sigo, por entre bolas de granito, em direcção à estrada asfaltada, mas decido-me a acompanhar o curso de um pequeno ribeiro que segue, não em traçado mas em destino, paralelo à estrada, até que acaba por passar por baixo desta. Libelinhas por todo o lado. Continuo a seguir o ribeiro e deparo-me com um infindável rebanho de cabras e ovelhas que parecem brotar por detrás de cada arbusto, talude ou penedo.

Quando o ribeiro intercepta pela segunda vez a estrada de alcatrão, é altura de tomar a mesma, virando à esquerda. Poucos metros adiante, vira-se à direita num entroncamento que tem a indicação de Merujal.

Falta dizer que fui acompanhado, durante longo tempo, por um casal de aves de rapina e que observei dois exemplares de um pequeno passarito de peito inteiramente amarelo que se cortejavam mutuamente. Infelizmente os meus conhecimentos de ornitologia não me permitiram identificar nenhuma das duas espécies.

Resta acrescentar que o percurso pode ser feito, sem pressas, em menos de 3 horas; sendo que penso ter percorrido mais do que os previstos 9 km.

terça-feira, junho 14, 2005

E que tal se fosses abanar um pinheiro?

Instado a comentar o abaixo-assinado que corre na net, reivindicando a anulação ou redução do pagamento de portagens quando as auto-estradas estão em obras, um seu responsável, com nome de mafioso (franco caruso), disse “que não fazia o menor sentido, na medida em que o pagamento serve apenas como direito a usar a via e não como direito de andar rápido”

Mas o gajo é burro ou pensa que está a falar com a família dele?

segunda-feira, junho 13, 2005

Homenagens com carimbo

Independentemente de todas as considerações, eram pessoas com coluna vertebral.

Vasco Gonçalves – idealista (1922-2005)

Álvaro Cunhal – comunista (1913-2005)

quinta-feira, junho 09, 2005

É mandar a polícia de choque em cima desses arruaceiros!

"Industriais vão manifestar-se em Bruxelas"

(in JN, 9 Jun 2005)

Ó papá, porque é que…

…, se “reforma” e “subvenção vitalícia” são sinónimos, não se utiliza sempre o primeiro termo, para simplificar as coisas?

…, se ao fim de dez anos de funcionário do estado um trabalhador continua com contrato a termo certo, dizem que os funcionários públicos são uma classe privilegiada?

…, se se estima que cada vez que há mudança governamental as nomeações políticas (leia-se: “geração espontânea de lugares de chefia na função pública”) ascendem a 17.000, a culpa cai sempre no mexilhão que, de cá de baixo assiste à dança de cadeiras/sazonal redistribuição de tachos?

quarta-feira, junho 08, 2005

portas, o visionário.

Há que vender tudo o que é helicóptero e carro de combate a incêndios. A solução passa por juntar toda a guita e comprar a maior quantidade possível de submarinos; enfiar a população toda lá dentro, pegar fogo ao quintal e, quando não houver mais nada para arder, voltamos, vendemos os submarinos em 2ª mão/bom estado e vamos todos de férias prá República Dominicana - regime pulseira na mão/tudo incluído.

segunda-feira, junho 06, 2005

Serralves em festa … e a psp em delírio

Este fim-de-semana realizou-se a 2ª edição de “Serralves em Festa”
Foram 40 horas non-stop, com portas e portões abertos gratuitamente, para todo o tipo de público assistir e participar em todo o tipo de actividades culturais.

Tanto no sábado como no domingo os espaços exteriores e interiores estiveram cheios como um ovo.

A polícia “de segurança pública”, provavelmente achando que se tratava de um evento de alto risco, resolveu deslocar para o local, veículos e tropas de intervenção do tipo “bloody sunday”.

Era vê-los a rentabilizar a deslocação, respondendo ao apelo de produtividade do actual governo, a multar tudo quanto era automóvel mal estacionado, enquanto que os seus próprios veículos se encontravam mal estacionados, inclusivamente em cima de passadeiras.

ps. isto não é uma queixa pessoal, porque não tenho o hábito de estacionar mal, mesmo que tenha que andar 15 minutos a pé, como foi o caso no domingo.

sexta-feira, junho 03, 2005

Interrupção voluntária da democracia (2º acto)

Freitas do Amaral admite anulação do referendo à Constituição europeia.

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1224816&idCanal=34

Frei Tomás

http://www.tsf.pt/online/portugal/interior.asp?id_artigo=TSF161788

Vamos lá ver se eu entendo a coisa:
O Sócrates acha que o único objectivo de estar vivo é juntar dinheiro pró funeral. Por isso passa a reforma dos 60 para os 65 anos. No entanto, acha perfeitamente normal que os políticos possam não só reformar-se antes dessa idade como ainda receber reforma enquanto ainda estão no activo.

O cretino do campos e cunha justifica-se dizendo que é um “direito legal e legítimo”. Era o que mais faltava que ainda por cima fosse uma coisa ilegal e ilegítima!
Nós estamos é a falar de ética, legitimidade moral, enfim uma série de conceitos que a ti nada te dizem; não é Frei Tomás?

quinta-feira, junho 02, 2005

Interrupção voluntária da democracia

Reino Unido prepara-se para anular referendo à Constituição europeia.

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1224754&idCanal=16

Visionários

O cds-pp propôs a criação de um "dia mundial da criança por nascer"

http://jn.sapo.pt/2005/06/02/politica/cds_propoe_mais_apoio_a_vida_humana_.html

Nós aqui, nas Edições Pirata, que somos muito mais vanguardistas, propomos a criação do “dia mundial do óvulo ainda por fecundar”.

quarta-feira, junho 01, 2005

Viva a democracia

http://jn.sapo.pt/2005/06/01/politica/reforma_a_jardim_vencimento_a_dobrar.html

Reforma dá a Jardim vencimento a dobrar
(in JN, 1 Jun 2005)

alberto joão jardim está, a partir de hoje, oficialmente reformado. O presidente do Governo Regional da Madeira vai continuar a receber o ordenado correspondente ao cargo que desempenha, acrescido de uma reforma de mais de quatro mil euros.

Pelo menos durante mais três anos e meio, o tempo que ainda tem de mandato, Jardim vai receber a dobrar da Caixa Geral de Aposentações e do Governo Regional da Madeira. Eleito por oito vezes consecutivas, Jardim , na prática, vai receber a reforma por ter sido presidente e o ordenado por continuar a ser.

A reforma de Jardim foi tornada oficial, ontem, em Diário da República. O presidente do Governo Regional da Madeira faz parte da lista dos trabalhadores da Função Pública que pediu a aposentação. O líder do PSD/Madeira vai receber 4124 euros de pensão.

Ontem, a Assembleia Legislativa da Madeira aprovou um voto de protesto, apresentado pelo PSD/Madeira, contra as medidas de austeridade apresentadas por José Sócrates.

No documento, considera-se que tais medidas "implicarão o agravamento de vida dos portugueses". E recomenda-se ao Governo Regional que "persista na sua política sufragada em sucessivas eleições".

Tratado da desunião

NÃO!
Se mais razões não existissem, uma bastar-me-ia: porque é uma das raríssimas oportunidades que os trabalhadores – independentemente do quadrante político em que se movimentam – têm, para dizer não à política do facto consumado.

“Ora então, com licença” ou “Continuando, agora de outra forma”

Porque acabo de parir – por cesariana – 3 anos de dolorosa gravidez, sinto que tenho finalmente tempo para vir aqui incomodar-vos.

Incitei alguns companheiros a colaborar neste espaço de acção e intervenção. Conto que, a seu tempo, vão fazendo as suas aparições.

Então, até já …


ps. a posta anterior: “Adelaide”, apenas se pretendia assumir como uma experiência, mas visto que já me andaram por aqui a espreitar, vou deixá-la ficar como homenagem e primeiro registo.

terça-feira, maio 31, 2005

Adelaide

Em casa da minha avó havia uma lareira na cozinha. Não era mais do que uma enorme laje granítica em cima da qual estava uma lareira permanentemente acesa, e que aquecia a água de um pote de três pernas, de ferro fundido. Recordo-me de estar sentado à mesa que ficava por baixo da janela a observar, calma e atentamente, a chuva que caía lá fora e as chamas multicolores que se formavam por baixo do pote. Esta alternância exercia em mim uma espécie de encanto que me transportava para um estado de dormência, para o qual contribuíam grandemente as pequenas doses de verde tinto aquecido ao lume e misturado com açúcar que a minha avó me servia naquelas tardes mágicas de Dezembro. Gostava muito da minha avó. Não falávamos muito um com o outro. Ela andava pela casa atarefada nas suas lides e eu acompanhava-a em silêncio. Quando ela fazia uma pausa sentávamo-nos à mesa da cozinha a ver chover lá fora e raramente trocávamos uma palavra; mas eu sentia que estávamos muito próximos. Em frente da janela havia um limoeiro esquelético, muito torto e depenado, que fornecia limões sumarentos durante todo o ano. Um pouco mais para a esquerda havia uma tangerineira cuja copa frondosa e semi-esférica parecia diariamente aparada por um escultor. No mesmo alinhamento, o trio que delimitava, por meio de um socalco, o início da horta, ficava completo com uma laranjeira de onde pendia um baloiço feito com uma corda e um velho pneu.