O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso: "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos."
A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários.
Recebem rendimento de inserção social e pagam quatro ou cinco euros de renda mensal pelas habitações camarárias. “pagam” é um eufemismo, porque nem isso pagam, tal como não pagam a água, nem procuram emprego. E agora querem novos T2 e T3 em “zonas onde não haja pretos”.
“Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem … até a TV e a playstation das crianças".
Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, o dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais .
Aproveito para dizer que cá em casa só há uma tv e que não há plasma nem playstation e, já agora, que roubei praticamente tudo ali ao Mário Crespo.