domingo, agosto 28, 2005

Notícias mais recentes

apontam para o surgimento de um terceira via, que sugere o seccionamento transversal dos automóveis, mas que fique oficialmente registado e universalmente reconhecido como Corte Longitudinal.

Os mais à direita

defendem o corte transversal, porque, segundo eles, o longitudinal separa o motor em dois, deixando-o inoperacional. Alegam estes que o corte transversal mantém o motor intacto e, portanto, em funcionamento.

Quando confrontados com o facto de a parte traseira ficar inoperante, argumentam que o mundo é assim mesmo, favorável aos que se encontram ao volante e àqueles que se encontram imediatamente à sua direita; e desafiam os defensores do corte longitudinal a explicar a utilidade de meio veículo seccionado dessa forma. Estes últimos contrapõem que não é a funcionalidade mas sim a igualdade que está em causa. Adiantam, ainda, que a inutilidade do corte longitudinal é mais propícia a um encontro de vontades no sentido de juntar ambas as partes em torno de um objectivo comum.

O impasse promete manter-se.

Os mais à esquerda

defendem o corte longitudinal porque, afirmam, é o mais igualitário, pois separa o automóvel em duas partes praticamente idênticas, tirando um ou outro pormenor.

Carrilho – Primeira Cisão

De acordo com a TsfOnline, “Carrilho quer reduzir carros para metade”.
Ao que parece, os seus apoiantes dividem-se entre defensores do corte transversal e defensores do corte longitudinal.

sexta-feira, agosto 26, 2005

O gajo

vive e trabalha em Bruxelas, e tem um slogam que reza assim: “De novo do seu lado”.

Empreendedorismo

Os toxoindependentes da Marinha Grande perfilam-se cedinho no centro de saúde, recolhem as primeiras senhas de atendimento e vendem-nas a peso de ouro.

Vida na aldeia

Um gêéneerre manda parar o meu sobrinho diz-lhe: “da próxima vez que te apanhar a conduzir moto sem capacete, faço queixa ao teu pai”.

Já não há pachorra

para o sandoku*

* não é o Trigue da Malásia, é o outro.

Pá, estou de férias

Kalungas, coelhos à montanhês, tentativas frustradas de apagar incêndios, Bagoeiras, polvos na brasa, caminhadas, mergulhos no rio, bacalhau na brasa, caminhadas, mergulhos no mar, porco preto, caminhadas, muuuuuito churrasco, mergulhos na piscina, bacalhau à lagareiro, caminhadas …
Seguem algumas postas light só para garantir que ainda não morri … e, já agora, que ainda estou de férias.

ps. muito contente com as vossas visitas.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Até que enfim,

já ardeu tudo.
Já posso ir para a praia.

sábado, agosto 20, 2005

Vergonha

de ser português.
Eu aqui cercado pelo fogo e os foguetes continuam na aldeia vizinha.
Já nem falo de bom-senso, falo de solidariedade.

Elles andem a gozar comigo

Luís Filipe Pereira – ministro do anterior desgoverno – recebeu um subsídio de reintegração profissional de 22.000€.
P: E para onde é que ele foi reintegrar-se?
R: Para administrador do Grupo Mello.

sexta-feira, agosto 19, 2005

117, na primeira pessoa.

Então, hoje, à 16:00h foi assim:

" – Boa tarde, é para alertar para um incêndio … (fui interrompido)
– Não temos bombeiros.
– Mas este está mesmo no início.
– Então a população que combata o incêndio!
– Mas … (mais uma interrupção)
– Só em Ponte do Lima há 8 incêndios!
– Mas este está mesmo no início.
– Mais uma razão para ser a população a combater o incêndio. Não temos bombeiros e os que temos estão exaustos. Com licença. (desligou) "

quinta-feira, agosto 18, 2005

Não obstante as altas temperaturas,

Fiz hoje uma caminhada digna desse nome.

“… que ao tornar-se humano o homem adquiriria, com as pernas erectas e a passada larga, o “impulso” migratório ou instinto de percorrer longas distâncias ao longo das estações; que esse “impulso” lhe estava inscrito no sistema nervoso central; que, em situações estáticas, quando assenta, encontra escapes na violência, na avareza, na procura de estatuto social e na mania de tudo o que é novo. Isso explicava a razão pela qual as sociedades móveis como a dos ciganos eram igualitárias, livres da posse de bens e resistentes à mudança … todos os grandes mestres – Buda, Lao-Tsé, S. Francisco – colocavam ao centro da sua mensagem a peregrinação perpétua…”

Bruce Chatwin
in Anatomia da Errância

terça-feira, agosto 16, 2005

J’aimerais bien mourir dans lá revolution

Vinte anos depois, que é feito dos Pop Del Art?

Água neles

O atraso cultural e intelectual deste país é confrangedor.

Estou cá fora a saborear a noite fresca do Minho e, se não fosse dramático seria risível, projecto o meu olhar no horizonte tentando perscrutar algo na escuridão. No sopé da serra descortino, sem grande esforço, dois incêndios. Um pouco mais para a esquerda, a alguns quilómetros: pum, pum, pum, foguetes numa aldeia vizinha. Ao longe, na margem esquerda do vale do Lima, mais foguetes.

É este mesmo povo, que “bota” foguetes, que nos salta histericamente dos ecrãs para dentro das nossas casas, a clamar por nossa (deles) senhora de Fátima, após ter perdido uma vida inteira de trabalho nos incêndios.

No sábado passado, o JN noticiou que em Vila Real, após um acidente rodoviário que resultou no incêndio da viatura, e numa altura em que o ferido se encontrava já a ser socorrido por uma equipa do INEM, passou um helicóptero de combate a incêndios que lhes despejou 3500 litros de água, pensando tratar-se de um foco de incêndio.

Apelo, pois, aos pilotos desse tipo de aeronaves que, sempre que detectem o lançamento de foguetes, despejem o balde em cima do fogueteiro e respectivo arsenal.

ps. e o papel da padraria no meio disto tudo? Sabendo-se que utilizam as missas ao serviço de todo o tipo de campanhas, bem que poderiam tentar catequizar este povo.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Cento e trinta e cinco

degraus depois, eis-me no topo do Farol de Montedor, conduzido pelo Faroleiro Sub-chefe Farinha. Que vista. Que tranquilidade. Deixassem-me e aqui ficaria aqui o resto da semana.

sábado, agosto 13, 2005

Lugar do Outeiro

Desta vez é para o Minho, com Chatwin e Sepúlveda na Bagagem e a Patagónia como miragem.

No verão de 2004 encontrei uma ciber-taberna em Ponte do Lima. A ver vamos se ainda está por lá. Caso contrário: postas para que vos quero!

Espera-me a Serra de Arga, o regadio de Estorãos e todo o magnífico vale da Ribeira Lima: grandes caminhadas em perspectiva. Espera-me a cozinha caseira, as conversas pela noite dentro, de copo na mão enquanto apanhamos a fresca sentados cá fora a ouvir o silêncio da noite.

Também me esperam os incêndios: os passados e os que estão para vir; os altifalantes das romarias e a irracionalidade dos foguetes: “quantos quer que bote?”.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Um verdadeiro drama nacional

Acabei de escutar no telejornal que a Nucha, a Ágata, a Mónica Sintra (ou Cintra, sei lá quem é a gaja) e o José Malhoa foram, “à última da hora”, cancelados da festa benfiquista.

Eric Blair, o light.

Morte

aos gajos que não dão pisca.

Vais prá esquerda? Vais prá direita? Vais parar? Vais pró carbailho que te fecunde seu grandessíssimo monte de esterco?

Se tenho pressa? Tenho; tenho pressa de te dar um chuto nos tomates se não te pões já no carbailho!

Eric Blair, o exaltado!

quinta-feira, agosto 11, 2005

Peço desculpa

pelos longos intervalos entre visitas, mas com apenas 32Kbps, qualquer um entende o meu desespero.

Apenas um número

Não é transcendente, não é complexo, não é irracional, nem sequer é primo.
Bom, é real e natural.

“Toda a gente sabe como as necessidades da vida corrente exigem que, a cada momento, se façam contagens … se o homem vivesse isolado, sem vida de relação com os outros homens, a necessidade da contagem diminuiria, mas não desapareceria de todo …”

Bento de Jesus Caraça
in Conceitos Fundamentais da Matemática –
A contagem, operação elementar da vida individual e social

De que é que estava eu a falar? Ah, pois, já me lembro: 1000 visitas aqui no berlogue.
É só isso.

A bandeira do iscolari

Aqui à porta da minha gruta há uns energúmenos que vem trazer os jecos a cagar.
Tem um relvadozito e tal …

Para tornar o ambiente mais acolhedor, resolvi criar a Fundação Bandeira do Iscolari. Consiste no seguinte: imprimir (frente e verso e a cores) umas bandeiras nacionais (de 2x4cm) e colá-las num palito (a fazer de mastro). Por cada cagalhão, cada bandeira espetada.

Os meus vizinhos divertem-se imenso, mas a nem por isso a romaria tem abrandado.

Uma vez vi um desses filhos de uma meretriz a sacar de um guardanapo de papel, após o jeco ter cagado, e pensei: “sim senhor”. Qual sim senhor qual carbailho, o pastelão ficou lá, e ele usou o guardanapo para limpar o cu ao jeco!

Eu sei que é difícil acreditar, compra quem quiser.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Mais um buraco em Fortaleza

Boa sorte para a quadrilha que escavou, durante mais de 4 meses, um buraco que lhes permitiu, num assalto ao Banco Central de Fortaleza, arrecadar mais de 50 milhões de euros. Qualquer coisa como 3,5 toneladas em notas.

ps. ao que parece, o projecto estava inicialmente previsto para a CGD, mas os assaltantes perceberam que outros já tinham começado esse assalto, mas pelo telhado. Acresce que a ministra da cultura provavelmente inviabilizaria a construção do túnel.

Onde estão

os submarinos que o cretino do portas comprou? Servem para quê?

E os inúteis dos militares servem para quê? Porque é que não limpam matas no Inverno e combatem incêndios durante o resto do ano?

Uma semana inteira

sem relógio, sem telemóvel e, sobretudo, sem notícias da tugalândia.

No El País – a coisa mais parecida com um jornal português que se conseguia arranjar por lá – as únicas notícias cá do burgo tinham inevitavelmente a ver com os incêndios e, acreditem, deixavam-me envergonhado as legítimas considerações que os jornalistas diariamente iam tecendo acerca da forma autista como no nosso país se tem ao longo dos tempos encarado este drama que a natureza apenas se encarrega sazonalmente de destapar.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Donde ès la zapateria

Afinal aqui tambien hay internè!

ps. fiquei aqui a saber que o zapatero decretou um dia de luto nacional pela morte desse arauto da liberdade, dos direitos humanos, da democarcia e, sobretudo, dos direitos das mulheres: o rei da arábia saudita. Só espero que por aí o Sócrates nao (aqui no hay til) tenha feito o mesmo.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Na Patagónia,

de Bruce Chatwin. É o livro que releio todas as férias.
Vou fazer a mala. Volto daqui a uma semana.
Portem-se mal.