segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O dedo e o cú

Sento-me, como sempre, no único canto da sala de onde não se consegue ver a tv.

Enredado na leitura vou, entre cada curta crónica do Sepúlveda, saboreando o bacalhau à Milita, magnificamente regado com um potente maduro tinto. Subitamente sou interrompido por uma iluminada voz que brota da caixa que não vejo, e que aos berros tenta explicar-nos o porquê de fazer todo o sentido aumentar principescamente as subvenções de gestores públicos enquanto aos respectivos funcionários se lhes rouba 10% do ordenado.

D. Milita acedeu a retirar o som à tv, “mas só até dar as notícias da bola”. Enquanto procura o comando ainda vou a tempo de ouvir que a moção foi aprovada com votos favoráveis do pêésse e do pêéssedê.

4 comentários:

mfc disse...

São umas autênticas "cabecinhas pensadoras"!

Animal disse...

depois queixa-te da úrsela... a ouvir porno do badalhoco enquanto se come pode parar a digestão a um gajo pá

Piotr Kropotkine disse...

essa Milita é o sitio adonde atascámos da outra vez?

Eric Blair disse...

por acaso até não, mas se cá boltares atasca-se lá, desta vez sem 4x4.