Noventa e quantos por cento?
Tenho um esqueleto no armário que data dos idos de 80, quando eu era ainda um pré-adolescente que liderava um clube (chamávamos-lhe seita, porque achávamos que tinha um ar mais guerreiro) que não servia para nada mas que, especialmente durante as férias de verão, realizava eleições quase semanalmente.
Eu, pelo simples facto de ser o mais velho, ganhava invariavelmente, sendo o meu melhor amigo o segundo mais votado e por isso o sub-chefe. Um dia, o pintas do grupo, que tinha casa com matrecos (em brasileiro: pimbolim) e mesa de ping-pong, fez campanha e ficou em segundo. Ganhei na mesma, mas o meu amigo Nuno não ficou sub-chefe. A caminho da casa do pintas, para uma tarde de matrecos, ping-pong e subbuteo, demiti-me e fui-me embora. Logo ali se criou uma vaga de fundo, necessidade de se criar novo acto eleitoral, de imediato realizado (foi só cortar uns papeizinhos), no qual voltei a ganhar, ficando o Nuno em segundo e reposta assim a normalidade.
De imediato me arrependi, senti-me envergonhado e decidi que podíamos ser todos amigos e jogar à bola sem precisarmos da porcaria da seita. Extingui-a e lá fomos jogar matrecos.
Ainda hoje me envergonho disto, e tinha 12 ou 13 anos, pôrra!
9 comentários:
já devias ter aprendido que um gajo com vergonha na cara não sai da cepa torta.
he he, mas dorme tranquilo ... se não tiver ido prós copos
que se há-de fazer?! há homens que nunca foram rapazes...
que se há-de fazer?! há homens que nunca foram rapazes...
que se há-de fazer?! há homens que nunca foram rapazes...
que se há-de fazer?! há homens que nunca foram rapazes...
que se há-de fazer?! há homens que nunca foram rapazes...
Pois, San, mas são uns rapazolas.
eu estou-me cagando ;)
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